quarta-feira, 1 de maio de 2013


OS PRINCÍPIOS DA OPORTUNIDADE
Antonio P. B. Braga (*)
Sagra Consultoria em Vendas
Recife – PE
Brasil
sagracv@terra.com.br


“E quando pensa em realizar o seu sonho?, perguntou o mestre a seu
discípulo. Quando tiver a oportunidade de fazê-lo, respondeu este. O
mestre disse:A oportunidade nunca chega. A oportunidade já está aqui.”
(Anthony de Melo).

O que mais se ouve das pessoas é que estão aguardando uma oportunidade para
colocar em prática alguma idéia ou tomar uma decisão com o objetivo de mudar de
vida. Entretanto, na prática, dificilmente isso irá acontecer, porque ficar somente
no aguardo da oportunidade ela nunca virá. Sonhos, desejos, todo mundo tem, os
quais, muitas vezes, não passam disso pela fácil desistência em função dos
obstáculos que se encontra ou mesmo da hesitação em busca da mudança para o
desconhecido. Além disso, a maioria das pessoas não acredita e nem coloca fé
ardente no que quer, ficando simplesmente nos desejos e, portanto, muito distante
dos objetivos.
As oportunidades existem em todos os momentos de nossa vida, mas para que
sejam percebidas é fundamental que estejamos atentos e, ainda, decididos a
encará-las. É necessário estarmos prontos para correr riscos, o que muita gente
não quer porque isso implica na saída da zona de conforto. Infelizmente, ficar na
zona de conforto é o grande mal do ser humano, pois, apesar de ser a mais gostosa
e aparentemente segura, contribui para a estagnação, impedindo o nosso
crescimento, tornando-nos vulneráveis às adversidades do dia-a-dia.
Sair da zona de conforto para a de aprendizado é o grande desafio das pessoas,
pois exige mudança de atitude para enfrentar dificuldades, superar obstáculos,
coragem para tomar decisões, as quais nem sempre são as mais acertadas. Mas, o
que acontece com freqüência é que muita gente sai do conforto para a zona de
descontrole, porque se recusou a passar pelo aprendizado e por força das
circunstâncias se viu obrigada a mudar sem estar devidamente preparada. Um
exemplo claro foi o que ocorreu com as demissões voluntárias, onde muitos
profissionais fizeram a opção, deixando até bons empregos, partindo para um
negócio próprio, sem planejamento e capacitação, e hoje estão numa situação bem
pior. Essas pessoas perceberam uma oportunidade, mas não tiveram a curiosidade de
analisar que somente isso não é o bastante. É preciso ir-se mais além para que as
oportunidades não sejam desperdiçadas, pois, em muitos casos, outras não
surgirão com facilidade, pelo menos enquanto não estivermos preparados para
aproveitá-las. Portanto, para que se aproveite as oportunidades que surgem no
nosso dia-a-dia, é de fundamental importância a observação e o cumprimento dos

4 PRINCÍPIOS DA OPORTUNIDADE, que também podemos chamar de 4 As DA
OPORTUNIDADE. São eles:

ATENÇÃO: Devemos estar atentos ao que se passa ao nosso redor e não ficar
somente se ocupando com preocupações sem fundamento, ou mesmo fofocas,
deixando de enxergar o que está ao nosso alcance. Quem não olha para frente,
além de não perceber boas oportunidades, corre o risco de acidentes. E muitas
vezes as oportunidades estão a um palmo do nosso nariz e não as vemos. Portanto,
é importante que sejamos curiosos e questionadores, pois só assim é que
descobrimos coisas que passam despercebidas por quem simplesmente se acomoda
e aceita tudo passivamente.

ACREDITAR: Temos de ter consciência que as oportunidades existem, mesmo que
não sejam fáceis. Aliás, as oportunidades nunca caem de graça no nosso colo, pois
geralmente elas surgem disfarçadas de dificuldades ou mesmo na forma de
problemas. Muitas vezes um problema a ser resolvido na empresa fora do nosso
horário normal de trabalho ou mesmo da nossa área é uma excelente oportunidade
de promoção. E quantas pessoas não desperdiçam essa chance por não fazerem
nada além da sua obrigação! É de admirar, mas muitos profissionais ainda têm
essa visão errônea. Também, uma pequena idéia que se deixa de dar em uma
reunião, por se considerar muito simples, a qual é dada por um colega de trabalho
com o mesmo pensamento, é outra grande oportunidade perdida.

APRENDER: Para aproveitarmos as oportunidades é fundamental que estejamos
preparados, pois de nada adianta as condições acima se as nossas competências
deixam a desejar. Vale aqui o ditado: “Quem não tem competência não se
estabelece”. É o que acontece com muita gente, que quer crescer, mas através de
atalhos, sem passar pelo processo de aprendizagem. Daí por que sai diretamente
da zona de conforto para a de descontrole e quando percebe já está tarde. O
aprendizado requer administração do tempo, vontade, determinação, sacrifícios,
superação de obstáculos etc, não sendo tão fácil assim como muita gente gostaria,
culminando com a desistência e mudança de foco, afetando negativamente na
realização dos sonhos.

AÇÃO: Com o domínio dos três princípios acima, agora é partir para a prática, que
o sucesso virá. Por outro lado, será uma grande perda de tempo ser portador dos
mesmos, deixando de lado “o agir” por falta de coragem ou pela incerteza da
mudança. Aí vem aquela velha pergunta: “E se não der certo?”. Essa dúvida cruel é
que impede o crescimento de muita gente, pois é ela que faz com que as pessoas
permaneçam quietinhas na zona de conforto até o dia em que se vêem na
obrigação de mudar e talvez já seja tarde demais. A ação é fundamental e se algo
der errado não significa que tudo está perdido, pois só não erra quem não tenta
acertar, mas em compensação não vai para frente. Errou, aprenda com os erros e
siga em frente novamente, mesmo porque outras oportunidades surgirão para
quem domina todos estes princípios.
Quem não conhece este velho filme? Um funcionário acomodado, com vários anos
de empresa, apresenta um amigo para preencher uma vaga existente. Este começa
a trabalhar e percebe a oportunidade de crescimento. Acredita que chega lá e
investe na sua capacitação, além de fazer sempre mais do que simplesmente a sua
obrigação. Quando surge uma promoção, quem será o convidado? Aí o colega que o
apresentou fica eternamente se lamentando por tê-lo trazido e acusando-o de terlhe
roubado a oportunidade. É triste, mas é a realidade de muitos profissionais.

(*) ANTÔNIO P. B. BRAGA É palestrante e instrutor de Vendas, Qualidade no Atendimento e Relações com clientes da SAGRA CONSULTORIA EM VENDAS,
prestando serviços para empresas diversas e também para o SEBRAE, SENAC e
FIEPE. Autor do livro QUER VENDER BEM? DEIXE DE SER VENDEDOR! É articulista
em revistas, jornais, sites diversos a nível nacional. Participa do CD- Áudio Venda Mais – Motivação e Resultados. Membro do G 10 Consultorias Associadas. Contato através do e-mail: sagracv@terra.com.br e fones: 81-3326-6032 - 3461-9492 - 9971-5368

12 idéias para promover o desenvolvimento territorial

 Material útil para quem deseja planejar ações exeqüíveis e que alcancem o objetivo almejado: o desenvolvimento territorial.
19/06/2009
1. Organizar redes de atores locais e criar instrumentos de governança compartilhada tais como fóruns, conselhos, consórcios, comitês, pactos, agências ou correlatos, onde as lideranças locais possam fazer o planejamento participativo e a gestão compartilhada do desenvolvimento local.
2. Identificar as potencialidades locais, ou seja, os negócios com melhores condições para o fortalecimento da economia local, a conquista da competitividade e da sustentabilidade das empresas; a geração de trabalho e renda e a ampliação do mercado local.
3. Apoiar o empreendedorismo local, facilitando o acesso a serviços de desenvolvimento empresarial (capacitação em gestão empresarial, inovação tecnológica, comercialização, acesso ao crédito, incubadoras de negócios etc.)
4. Criar um ambiente favorável para as pequenas empresas locais, com menos burocracia, menos impostos, mais incentivos, utilizando instrumentos como a Lei Geral das Micro e Pequenas
Empresas e a formalização do Empreendedor Individual.
5. Difundir o empreendedorismo entre os jovens e as mulheres, de modo a reter os melhores talentos.
6. Estimular a poupança local e combater a drenagem de recursos para os grandes centros.
7. Ampliar o acesso ao crédito por intermédio do cooperativismo de crédito e das instituições de microfinanças.
8. Desenvolver competências locais para captação de recursos em fundos públicos e de cooperação internacional (elaboração e negociação de projetos).
9. Estimular as compras governamentais de produtos locais e apoiar experiências de comércio justo ou de comércio ético e solidário.
10. Apoiar a criação de marcas próprias, melhorias de design, certificação de produtos, adequação de embalagens e o acesso a novos mercados.
11. Estimular a inovação e a diferenciação de produtos a partir da sua identidade territorial.
12. Estimular o cooperativismo e as experiências de economia solidária.
Juarez de Paula é sociólogo e gerente da Unidade de Desenvolvimento Territorial do SEBRAE.
SUBISÍDIOS PARA ATUAÇÃO DOS ASSISTENTES SOCIAIS NA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO...Acesse o link abaixo!

sábado, 30 de março de 2013

Gestão Social e a Interdisciplinaridade no Serviço Social



Flávia Hilário Cassiano Graduada em Serviço Social – UNITAU –Taubaté-SP
Pós-Graduada em Gestão de Políticas Sociais – PUC-MG
MBA – Gestão Estratégica de Pessoas – Universidade Gama Filho - SP
Mestranda em Planejamento Urbano e Regional – UNIVAP –São José dos Campos - SP
 
Tendo em vista algumas reflexões sobre a importância da interdisciplinaridade no âmbito do Serviço Social para a gestão social, podemos identificar o trabalho de diversos assistentes sociais de maneira interdisciplinar nas organizações, projetos, programas como método de intervenção profissional e didática utilizada para a interpretação de complexas realidades.
É interessante verificarmos a transversalidade da nossa profissão face às outras, na equipe de saúde, na educação, no meio ambiente, na dependência química, na segurança pública, no campo jurídico, no campo de habitação, enfim nossa categoria tem aportes diversos para engrandecer-se na transversalidade de atuações diversas com outras profissões.
Isso nos favorece uma visão holística sobre as questões sociais que se apresentam para o serviço social e favorece também um avanço nas práticas diretas e indiretas e um crescimento nas estratégias de gestão social nas instituições.
Temos a necessidade da cooperação com outros profissionais no âmbito de trabalho construindo uma história de interdisciplinaridade que nos remete a conceitos e implicações iniciado na década de 90. Portanto, estarmos atentos às mudanças e às transformações na gestão social é encontrarmos as diferentes abordagens e interpretações da atuação do assistente social, interagindo com outras áreas do conhecimento para que a nossa proposta político-profissional favoreça as reconceituações e ajustes necessários.
As diferentes dimensões da profissão e suas implicações no campo da interdisciplinaridade nos apontam conexões que se tornam fundamentais para ajustarmos os descompassos existentes entre o saber e o agir.
O grau de cooperação e coordenação entre as profissões é um avanço da visão coletiva, da interpretação holística da realidade, que nos possibilita efetivar estudos diferenciados, ou direcionados sob prismas diversificados que possam ser da compreensão de todos os envolvidos. 
É necessário refletirmos sobre as práticas institucionais interdisciplinares, às quais estamos inseridas e entendermos que não há método ideal e adequado para a prática interdisciplinar, pois muitas vezes encontramos modismos que designam tendências de diversas iniciativas, mas que nem sempre se constituem como interdisciplinares. Diante disso é importante frisar que as competências isoladas não conseguem atender às exigências e complexidades dos problemas atuais, daí a necessidade das relações profissionais e de poder devem construir um processo de horizontalidade onde as estratégias de ação devam ser comuns estabelecendo uma troca recíproca de conhecimentos entre as diferentes disciplinas do conhecimento.
Quanto à intervenção interdisciplinar do assistente social acreditamos ser importante considerar alguns conceitos que apresentam relações semelhantes no grau de cooperação e coordenação entre as disciplinas:
· Multidisciplinaridade: o trabalho acontece de forma isolada, geralmente com troca e cooperação mínima entre os profissionais;
· Pluridisciplinaridade: os profissionais se agrupam de forma justaposta, com cooperação, porém cada um decide isoladamente;
· Interdisciplinaridade auxiliar: um profissional predomina sobre os demais, coordenando-os;
· Transdisciplinaridade: a coordenação é realizada por todos os profissionais propondo a criação de um campo com autonomia teórica, disciplinar e operativa.
Esses conceitos nos fazem compreender que a interdisciplinaridade no Serviço Social situa-se, portanto, em um nível avançado de cooperação e coordenação, de forma que todo conhecimento seja valorizado, com relações de intersubjetividade e de co-propriedade baseadas em uma atitude de diálogo argumentativo.
É preciso haver respeito à autonomia e à criatividade inerentes a cada área para que não sejam influenciadas ou excluídas do processo interdisciplinar, pois enquanto princípio a interdisciplinaridade significa a máxima exploração das potencialidades de cada ciência, da compreensão de seus limites, mas, acima de tudo, o princípio da diversidade e da criatividade, segundo (BIANCHETTI,1995).